sábado, 30 de julho de 2011

Volta ao rectangulo em mota eléctrica

A Mónica Salgado e a Cristina Marques partiram hoje de manhã para a grande aventura!

Vão dar a volta ao perímetro de Portugal numa SW predator 60 amp e numa Kimco Agility 125 cc, e vamos poder acompanhar a viagem aqui: http://portugaldemotaelectrica.blogspot.com/

Hoje de manhã saíram da Vela Latina em Belém, acompanhadas pela malta do CPM, do Fórum 125 cc do MSP, e outros amigos que quiseram desejar-lhes boa viagem, e tiveram repórteres do Correio da Manhã e do Diário de Notícias a cobrir o evento.



Boa viagem meninas...

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Andorra

Depois da ida ao Centro de saúde comecei finalmente a sentir-me em férias, porque é uma coisa familiar, e faz parte da tradição de férias, e os 2 dias seguintes foram relativamente tranquilos...

Dia 1 de Julho saímos de Lleida com destino a Andorra.
A viagem foi curta, e correu sem sobressaltos, e à chegada deparámos com este cenário:


No parque de estacionamento do Macdonalds mota não entra! 
Nunca tinha visto nada assim!

Ficámos alojados num Hotel de luxo, com uma vista fantástica,

 



…e à noite encontramos a mota ideal para o companheiro Paulo Varela…



O resto do dia passou-se nas compras, e pouco há a recordar. Comprámos o scala rider Q2 para a filhota, um Bering Aero também para ela, e pouco mais.


No dia seguinte saímos já a meio da manhã, para enfrentar a travessia de França, mas antes, tivemos oportunidade de “tirar a barriga de misérias”.

Atravessar Andorra, principalmente depois do Deserto das Auto-estradas espanholas é simplesmente delicioso, e eu aproveitei o mais que pude ; )

 
Nunca passo por Andorra sem ir à cascata, mas desta vez ia distraída, e tivemos que voltar para trás!








Mais tarde, irei partilhar alguns filmes das curvas fantásticas que por lá se encontra, mas para isso ainda tenho que fazer o trabalho demorado da conversão, montagem e edição  ;)

Entrámos em França ...












E  acabámos o dia alojados na pensão de um emigrante Português e motociclista!


terça-feira, 26 de julho de 2011

O 3º dia de férias, ou o dia do 2º acidente...

Ao 3º dia de férias saímos de Toledo com destino a Lleida, e para evitar surpresas relacionadas com o sono, troquei de capacete com a filhota, para ela poder ir conversando com o pai. Entretanto já tínhamos decidido passar por Andorra, e comprar um Scala Rider para ela também!

Saímos já tarde, depois de correr-mos tudo à procura de algum local aberto para tomar o pequeno-almoço, e enquanto andava-mos ás voltas reparei que a FiFi tinha ultrapassado os 40.000 km


 
Quando finalmente saímos de Toledo, nem 30 km chegamos a rolar quando os vejo parar à minha frente na berma da estrada, e a minha filha numa grande aflição para tirar o casaco.

Tinha sentido umas picadelas fortes nas costas, e assim que lhe tirei o casaco, vi logo a culpada - Uma vespa tinha entrado para dentro do casaco, e picou uma, duas, três, quatro vezes, e preparava-se para picar uma quinta vez quando a apanhei!

Três das picadelas eram seguidas, e estavam já a começar a inchar, pelo que não arriscámos e avançámos para a localidade mais próxima à procura de um centro de saúde.

Felizmente estava-mos em Espanha, e foi só seguir as placas indicativas, e cerca de meia hora depois de ter sido picada, já tinha levado uma injecção e saiu do centro de saúde já com a dose necessária de anti-histamínico para tomar ao deitar, e uma cartinha a explicar os procedimentos efectuados para o caso de necessitar de ir a outro centro de saúde no local de destino! Tudo isto a custo zero! Se fosse em Portugal,… é melhor nem comentar!


 
Estava assim cumprida uma das nossas tradições de férias - conhecer um centro de saúde diferente cada vez que vamos de férias, e desta vez foi o de Villaluenga de la Sagra.

Depois, bem, depois foram mais 500 km de estradas monótonas, com muito calor e nada de interessante para ver.


 

 


 
Apanhámos muitos camiões, e até um mega engarrafamento, e em Zaragoza, numa das muitas paragens em estações de serviço, conhecemos um camionista português residente em Espanha, que se aproximou de nós e perguntou:

“Motobelas!?,… será a mesma?...”

Era de S. Marcos (Cacém) e conhece bem a Motobelas, e ficou admiradíssimo por andar-mos tão longe de scooter, até porque também ele era motociclista!

O mundo é mesmo pequenino!


 
Enquanto estávamos a descarregar as bagagens, chegaram 2 silverwing 400, com matrícula Italiana, e a filhota meteu logo conversa com os respectivos scootards.


 
Afinal, eram Brasileiros, filhos de Portugueses com raízes também em Itália, e já era a 2ª vez que iam a Roma alugar as mesmas Maxiscooters para ir de férias pela Europa.

Da primeira vez fizeram cerca de 6.000 km e agora estavam a caminho de Portugal. O mundo é mesmo pequenino e mesmo redondinho! Eles estavam a fazer precisamente o caminho inverso do que nós estávamos a seguir…

 

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Como tudo começou....

Desde Janeiro de 2010 que andava para ir a Albinea, em Reggio Emília onde a minha filha viveu durante um ano, com uma família de acolhimento que a recebeu como filha adoptiva ao abrigo do programa de intercâmbio de estudantes da AFS Intercultura, mas infelizmente, por razões de doença na família, a visita foi sendo sucessivamente adiada, e só este verão conseguimos finalmente lá ir.

Como cá em casa não temos muito juízo, fomos de scooter, e tudo começou assim:

“mãe, no verão eu já vou ter carta de motociclos, por isso podíamos ir de mota!?...”

“És maluca? De scooter até Itália!? Já não tenho idade para isso!”

“Já da outra vez disseste o mesmo, e depois fomos ao Porto e foi divertido!!”

“…estás a falar a sério? Perdeste mesmo o juízo de vez!
O Porto é um bocado mais perto do que a Itália!”

…á noite, conto o diálogo ao meu GPS, e a reacção inicial dele foi idêntica à minha. Simplesmente era uma ideia maluca, até mesmo para nós que ás vezes não temos muito juízo, mas no dia seguinte ela volta à carga…

“Então, já pensaram no assunto?”
“Ó filha é muito longe, e além disso iria sair muito caro e não temos dinheiro para isso! Vamos de carro que sai muito mais barato! Afinal 3 motas são uma média de 11 ou 12 litros de gasolina em cada 100 km, e portagens em triplicado, e o carro só gasta 4 ou 5 litros de gasóleo por cada 100 km”

“Pois, mas no carro vou a dormir e ouvir música, sem ter mais nada para fazer, e é bué secante! De mota sempre estaria ocupada a conduzir!”

…á noite…

“Ela já não deve passar mais férias connosco…”

“Se calhar devíamos ponderar…”

“Afinal, até talvez fosse divertido…”

“Pelo menos seriam umas férias bem diferentes…”

“…mas não temos dinheiro…”

… e ela volta à carga…

“Já tou a ver que vou acabar numa seca de férias com vocês!”

“Vá lá, vamos de scooter a Itália…. Vá lá!... É só uma vez…”

Á noite…

“Será que ela aguenta?... Não tem calo nenhum…”

“Podemos fazer uns testes, por exemplo vamos a S. Torpes abrir a época balnear e logo se vê como se porta”

“E onde vamos arranjar dinheiro?...”

“Bem, … só se… bem, …era para emergências, mas… estamos a ficar velhos e talvez já não haja assim tantas oportunidades de fazer umas loucuras destas, e realmente férias com a filha…”

Bem, quando dei por isso estava assente que iríamos os 3 de maxiscooter até Albinea, e como à vários anos que ando com vontade de ir à Croácia, e já que até nem é longe, …

As Maxis foram preparadas na MotoBelas, pelo grande César, o mecânico em quem confiamos e que nos dá aquela confiança que precisamos para sair numa viagem destas, a Majesty (IZzi) foi equipada com uma Top-case a Burgman (Zuky) com uns alforges e a Sym (FiFi) não precisou de levar nada porque já trazia top-case quando a comprei.

Dia 28, por volta das 9:30 da manhã fizemo-nos à estrada com um plano ambicioso – ir dormir a Toledo, e sem antes fazer o tal treino até S Torpes por absoluta falta de tempo.

Era demasiado ambicioso para as circunstâncias, e ia-nos saindo muito caro!...

Na área de serviço de Palmela esperavam por nós os companheiros Gonçalves, para nos entregar a “bandeira viajante”, que já tinha viajado connosco a Madrid, e que levámos com o compromisso de fotografar nos vários locais por onde iríamos passar, e enquanto tomávamos o pequeno almoço apareceu mais um maxi-companheiro para a despedida.  




Eu e o meu GPS temos Scala Rider G4 e vamos em contacto, mas a filhota não tinha, em parte porque o orçamento era limitado, mas também porque achei que era cedo demais para ela começar a ter acesso a distracções como por exemplo o telemóvel durante a condução, mas este foi um de vários erros que cometemos!

Ela tem 18 anos, uma vida social intensa que a faz chegar a casa sempre de madrugada, e andava em exames do 12º ano, tendo feito o último na véspera da partida.
Além disso, andou a trabalhar nos censos, e é escoteira!
Estava cansada e a tomar medicação que entre outras coisas dava alguma sonolência, mas como é jovem desvalorizou, e nós que já temos muitos cabelos brancos também desvalorizámos, e as consequências iam sendo graves!

Rolámos cerca de 450 km com muitas paragens porque ela estava com sono, e o caminho para Toledo é mesmo muito monótono.



O pai seguia à frente, ela no meio e eu sempre a fechar a caravana.
É sempre assim quando vamos os 3 mas de repente, após uma ultrapassagem a um camião, vejo-a encostar-se ao separador central, em vez de retomar a faixa da direita. Embateu no separador central, a mota caiu para o lado direito, e não sei como, ela ficou sentada muito direita sobre o lado esquerdo da mota que simplesmente deslizou por mais de 50 metros até se imobilizar na valeta cerca de 1 ou 2 metros antes de começar o rail do lado direito da estrada.

Estavam 39 graus de temperatura, e ela tinha despido o casaco, mas não sei como, nenhuma parte do corpo tocou no alcatrão, a não ser os pés.

As botas ficaram assim:



Só fez uma queimadura minúscula no pé direito, e um hematoma na perna!...





A mota ficou assim:



Simplesmente derreteu a lateral direita, e perdeu o protector do escape, tendo derretido parte do apoio do mesmo.

Toledo é lindo, e para descansar um pouco e avaliar estragos, ficamos lá um dia.












sexta-feira, 22 de julho de 2011

Chegámos...

Ontem por volta das 18:15 terminou a aventura.


O balanço é muito positivo, apesar dos sustos e do stress que nos acompanhou nos primeiros dias, mas devo confessar que se fosse hoje não teria coragem para ir, e por isso digo: "ainda bem que eu não sabia bem como iria ser!..."

Considero que cometemos alguns erros graves na preparação, e desvalorizámos elementos demasiados importantes, mas felizmente, apesar dos precalços, tudo correu bem, e todos nos divertimos como era esperado.
Os objectivos foram alcançados, e superaram as nossas expectativas, e a vontade de voltar depressa á estrada é enorme, pois voltámos com uma colecção de memórias que nos irão acompanhar para sempre.

Apanhámos uma overdose de paisagens de sonho, e de curvas fabulosas, e a filhota voltou com uma escola que muito poucos têm com a idade dela. 
Passou com distinção nas provas do vento, da chuva, das horas seguidas de condução, das ultrapassagens sucessivas aos muitos camiões, enfim, tudo aquilo que faz da condução de motociclos um desafio constante foi superado com distinção e só não lhe daria nota máxima na prova do calor por razões óbvias! 

Apesar de ser muito stressante ver um filho na estrada, de motociclo à mercê de todos os perigos, tenho que admitir que gosto de ir atrás dela a apreciar a forma cautelosa como aborda cada desafio na estrada e toma as decisões acertadas em cada momento.

Por outro lado, a grande heroína desta viagem é sem sombra de dúvida a FiFi. que andou quase sempre em "modo on/of" com o ponteiro das rotações a oscilar entre a 9.000 e as 9.500, e  o ponteiro do velocímetro quase sempre encostado nos 140. 
Grande máquina! fez mais de 5.500 km sem qualquer problema apesar de todos os estragos resultantes dos acidentes continua a ser um grande prazer conduzi-la.
Merece ser restaurada, e assim que conseguir reunir fundos é o que vou fazer.

As 3 máquinas portaram-se muito bem, e nenhuma se negou ao trabalho que lhe foi solicitado, e apenas pediram gasolina, e no caso da Zuky, algum óleo, como já estávamos a contar que gastasse, mas as outras duas nem isso, e agora vão todas á revisão, que como sempre será feita na MotoBelas pelo grande César.

Aliás, a MotoBelas acompanhou-nos nesta viagem. 
Fez a preparação das máquinas, dando-nos aquela confiança que é tão importante quando se parte para tão longe, e ofereceu um pneu Brigstone Hoop pro para a Zuky.

O CPM também nos acompanhou, tendo sido muito importante todo o apoio que sentimos por parte dos companheiros que online nos acompanharam. Agora falta preparar um relato documentado de cada etapa para partilhar, e falta também voltar aos Picos com o CPM.

Quando comecei a ver os placards do parque natural Picos da Europa, ocorreu-me que provavelmente seria um erro ir aos Picos logo depois de atravessar os Pirinéus, e os Alpes, pois achei que a grandiosidade dos Alpes ofuscaria os Picos.

Grande engano! agora tenho a certeza de que brevemente voltarei aos Picos da Europa com mais tempo, e de preferência com os companheiros do CPM, porque é um local fabuloso, onde  vale a pena ir, e quero lá ir com os companheiros com quem gosto de rolar de Maxiscooter.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Picos da Europa

Não,… não venham cá! Não vale mesmo a pena!

Não há nada para fazer, nada de jeito para ver, as curvas não prestam…

Fiquem em casa, a ler blogues e postar nos fóruns que é muito melhor!!...