quinta-feira, 7 de agosto de 2014

O caminho mais longo para Sintra...

Andava á algum tempo com vontade de subir ao Palácio de Justiça de Sintra, para tirar umas fotos da serra, e um dia destes, acordei e pus-me ao caminho, só que, escolhi o caminho mais longo...

Foi só porque estavam umas nuvens feias mesmo por cima da serra, e como tinha na moto o equipamento de praia, mudei o rumo e segui em direcção á praia de Carcavelos.

Mas a praia de Carcavelos estava a abarrotar, e como não me apeteceu andar a pedir licensa para colocar um pé no chão, fui andando, e acabei por fazer a marginal toda, segui para o Guincho, continuei em direcção ao Cabo da Roca, e de repente, vejo o sinal que indicava o caminho para a praia do Abano.

Resolvi segui-lo, mas confesso que não sabia que o caminho era todo assim:


 






A areia fugiu toda da praia do Abano...


Regressei á estrada, vi que tinha acesa a luz da reserva, mas continuei, só que quando cheguei á estrada do Cabo da Roca comecei a recear ficar sem gasolina no meio da serra, e já nem desci.
Deliciei-me com as curvinhas da serra, mas já só parei na Praia Grande, para perguntar para que lado ficava a bomba mais proxima. Como me indicaram que era a das Maçãs, virei á esquerda,... e fui comprar pão com chouriço!

Claro que também atestei a OLga!

E depois fuz finalmente fazer aquilo que tinha decidido fazer algumas horas antes, quando me fiz á estrada:






Como estava ventoso, não conseguia manter a máquina parada o que significa que um dia destes tenho que lá voltar mais uma vez, mas vou garantir que levo o depósito cheio, e deixo o almoço pronto, para poder escolher novamente o camino mais longo ;-)

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Entre Requiás e Pitões das Júnias



No Inverno temos família em Requiás, e no verão em Pitões das Júnias, e claro que de vez em quando há que fazer uma visitinha.

Como ainda estava-mos na primavera, a família ainda estava em Requiás, mas nós fomos dormir a Pitões...
Confuso?

É só porque Pitões fica a 1100 metros de altitude, e Requiás, fica um pouco mais abaixo, e por isso é menos frio no Inverno. 
A família, como é metade Espanhola, e metade Portuguesa, vai passando os Invernos em Espanha e os Verões em Portugal, e nós ficámos a dormir em Pitões, mas jantámos e tomámos o pequeno almoço em Requiás.

Não sei qual das duas é mais bonita, e apesar de já lá ter ido mais do que uma vez, ainda não consegui ir àqueles sítios onde todos vão.
Um dia destes terei mesmo que lá voltar com mais tempo.

Só sei que entre Vieira de Leiria e Requiás, passamos por locais onde apetece parar, admirar, registar na máquina fotográfica, e sobretudo na alma, e apetece voltar vezes sem conta, e continuar a descobrir as maravilhas que há espalhadas por todo o lado.
Não sei onde é mais bonito, se no norte ou no sul, e por isso vou andando ao sabor da disponibilidade e vendo, admirando e registando, para muitas vezes voltar e ver com olhares diferentes.

Algures entre o local de partida e a meta, a OLga atingiu os 7000 km, e aos 6.000 era suposto mudar o óleo.

Verificámos por cautela, mas tanto o nível como a viscosidade estavam boas, pelo que prosseguimos. Aliás, era tarde demais para pensar nisso. Como tantas vezes nos vai acontecendo, não foi planeada esta ida a Pitões. Apenas estava no programa ir a Constância com o CPM, e seguir até à Vieira onde ficaríamos a cuidar do jardim e da casa, até à véspera de mais uma partida com destino aos Picos da Europa...




Enfim, continuámos...







 Fomos até à bonita serra do Gerês, e passámos a fronteira para o lado da Serra do Xurez ;-)



E chegámos a Requiás...










Demos um saltinho a Pitões para preparar o quarto.



A vista da janela do quarto em Pitões das Júnias também não é de desprezar...



E o vizinho do lado tem uma garagem invejável:



Voltámos a Requiás para ir á missa, e depois jantar.


O andor:


Aqui é o local onde se agrafam as notícias do obituário da aldeia, e os agrafos lá vão ficando...



Jantámos, e apreciámos a vista da janela da cozinha:


Amanhã temos que ir ver de perto aquela albufeira...

Voltámos para Pitões, e no dia seguinte de manhã, o pequeno almoço aguardáva-nos em Requiás, mas os cerca de 8 km que distam entre as 2 aldeias demoraram mais de meia hora a transpor. 
Foram feitos em "modo Gracinda Ramos", com a máquina fotográfica pendurada ao pescoço, e com muitas paragens...



Esta ía saindo cara, porque embora tenha colocado a OLga no descanso central, a inquilinação da estrada era tanta que ela simplesmente saltou e tentou fugir! Entre os 2 lá a conseguimos agarrar, já encostada ao rail, que felizmente era de madeira, e pouco estragou :(
É mesmo uma falha imperdoavel a falta do travão de parque!






E como sempre, a hora de partir chegou depressa demais :(




Para o regresso, escolhemos um caminho que ainda não tinhamos feito: O Lindoso, que foi uma recomendação do primo Joaquim, e ele sabe bem do que fala, pois já o fez muitas dezenas, ou talvez seja mais correcto dizer que o fez mais de uma centena de vezes.



Mas antes, tinhamos que ir espreitar mais de perto aquela albufeira que se avistava da janela da cozinha...



E lá está ela, lá ao fundo, bem no meio da aldeia, está a janela da cozinha.




Parei á beira do lago a admirá-lo, bem como a toda a envolvente,


Aproveitei para brincar um pouco com os aparelhos que a autarquia local alí plantou no meio de nada,...



Mas lá ao fundo, em cima da ponte de Guntumil, o marido chamava para a realidade!
Daí a menos de 24 horas estaríamos a aterrar em Bilbau, mas o avião partia do aeroporto da Portela, e ainda nem as malas estavam feitas...