terça-feira, 16 de agosto de 2016

Marrocos - De Rabat a Tanger

Como já tinha mencionado, o hotel era excelente, e ao pequeno almoço até tinha garrafas de água, coisa que não acontecera até então em nenhum outro, e  nem hesitei, e servi-me, e nem me importei com o facto de a garrafa estar aberta, não me passando pela cabeça que pudesse ser água da torneira...

Tivemos sempre um cuidado imenso com a água, e até esse momento nunca bebemos nada que não fosse aberto por nós, nem tão pouco comemos nada cru, como saladas ou fruta, e até aí tinha corrido bem.

Depois do pequeno almoço, apanhámos mais um "petit taxi" (em Rabat são azuis), e fomos à embaixada.

A embaixada funciona numa vivenda, num bairro de vivendas ao estilo do nosso Restelo, e àquela hora ainda não havia por lá ninguém, mas depois de alguma conversa, lá nos deixaram entrar, e finalmente contamos a nossa história.

Claro que a primeira reacção foi aquele tradicional "não podemos fazer nada, não é da nossa competência,...", mas ao fim de algum tempo lá entraram no espírito da coisa e libertaram a simpatia, disponibilizando-se para nos ajudar.
Fizeram alguns telefonemas, tentaram contactar as Auto-Estradas de Marrocos, mas até parecia que estava a tentar contactar algum serviço público português, e ninguém atendia!...
Ficaram com os dados do suposto processo, e ficaram de tentar saber alguma coisa, e eventualmente obter uma cópia do processo.

Já perto da hora de almoço apanhámos a estrada.

Mais um "transporte impossível"



Voltámos a arriscar a Auto-Estrada, porque decidimos ainda ir espreitar as grutas do Hercules, mas lá as Auto-Estradas devem ter umas regras um pouco diferentes, pois fartámos-nos de ver gente a pé na berma!...



Uns estavam a vender, outros a pedir boleia, e outros simplesmente estavam à beira da estrada à espera de algum transporte.



...este estava à sombra!



Paramos para almoçar numa área de serviço idêntica ás nossas, só que além dos wc femininos e masculinos, tinha também as salas de reza masculinas e femininas!


E lá saiu mais uma tagine e uma brocheta de frango para a nossa mesa.
Entretanto, do outro lado da área de serviço havia uma casinha de venda de bilhetes, e tentaram vender-nos bilhetes quase ao dobro do preço que tínhamos pago, pelo que chamei-lhes tudo o que me ocorreu - nessa altura já tinha perdido a vergonha e a compostura, e decidimos voltar a comprar online da mesma forma que tínhamos feito na ida.

Retomámos a AE, e esquecemos-nos que as motas também precisam de combustível, e acabámos por chegar ao fim da Auto-Estrada a "vapores de gasolina"!



Descobrimos que o Cacém tem praia  :-)



E finalmente fomos espreitar as grutas.



Tinha lido que se pagava, por isso não estranhei encontrar um marroquino á entrada do que parecia ser a gruta a cobrar, por isso pagámos e entramos, mas afinal aquilo era uma outra gruta, toda trabalhada e com venda de "recuerdos", e onde estava um conjunto de marroquinos a tocar uns instrumentos típicos.









A acústica da gruta fazia com que o som saísse muito ampliado, e era de tal forma agudo que se tornava insuportável para os meus ouvidos sensíveis, por isso, e como não era efectivamente a gruta do Hércules, não demorámos a sair.

E lá estava o tradicional macaco para as selfies ;-)



Finalmente, a gruta propriamente dita:















Muito bonita, e arranjadinha! valeu o desvio!





Estava um dia magnífico, mas muito quente, por isso voltámos à estrada e fomos para Tanger, onde jantámos, depois de alojados novamente no Ibis.

Comemos a última tagine, e o último frango grelhado, mas desta vez não era em espetada.


Achámos piada ao pormenor da colher.


Apareceu um grupo de 6 barulhentos e "palavrosos" motociclistas e abarcaram no mesmo restaurante, mas nem notaram que também éramos tugas, até ao momento em que viemos embora e lhes desejámos boa viagem ;-)

Passámos pelo supermercado para comprar o pequeno almoço, e fomos dormir...



O plano, era no dia seguinte (sábado) apanhar o ferry e ir até Islantilla, e compramos logo os bilhetes do ferry, mas ainda antes de me deitar, senti uma certa urgência para ir ao wc, e pouco depois de adormecer,... acordei com cólicas! 

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